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Ex-ministros da Fazenda, ex-presidentes do Banco Central, economistas de variadas posições no espectro ideológico, empresários: são mais de 500 assinaturas na carta aberta que cobra do governo Bolsonaro um conjunto de providências para finalmente enfrentar a catástrofe sanitária. “No grupo há críticos de partida do governo, outros que de início acreditaram, outros que tinham medo de se manifestar”, diz o economista Pérsio Arida, um dos signatários e entrevistado de Renata Lo Prete neste episódio. “O denominador comum é o desespero diante da inércia do governo.”
E por que lançar o documento agora? “A incompetência supera as expectativas de todos. É incompetência mesmo, falta de noção da realidade, falta de contato com o mundo. E isso perpassa o governo como um todo”, responde Arida, ex-presidente do BC, do BNDES e do Banco do Brasil. O manifesto prioriza quatro reivindicações: acelerar a vacinação, incentivar o uso de máscaras, implementar medidas de distanciamento social e criar mecanismos de combate. Tudo isso com algo que não tivemos até agora: coordenação nacional. Arida fala do egoísmo de quem acreditou ser possível implantar uma pauta reformista na economia (que jamais se concretizou) em meio a retrocessos de toda ordem nas questões da cidadania. “Se o governo fosse racional, daria meia volta. Ou se tornará impotente e perderá de vez sua legitimidade”, conclui.
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