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O financiamento sustentável está em alta no mercado financeiro. Respondendo à demanda de investidores, os administradores de ativos estão criando diversos instrumentos e fundos ambientais, sociais e de governança (ESG na sigla em inglês) para canalizar com mais eficiência essa demanda.
Pesquisa da Morningstar mostra que o número de investidores ESG aumentou de 81 para 138 em 30 empresas de energia limpa nos 12 meses que terminaram em fim de 2020. Os investidores comuns também aumentaram de 390 para 624 no mesmo período.
Nas economias avançadas, produtos não sustentáveis começam a ser rejeitados principalmente pelos mais jovens. Com isso, empresas se veem forçadas a aderir a práticas mais sustentáveis. Ironia: a mudança está ocorrendo via mecanismos de mercado.
Já faz 50 anos do artigo do economista Milton Friedman no The New York Times onde estabeleceu o princípio que, sob determinadas condições, a maximização do retorno aos acionistas leva a um resultado que também é o socialmente desejável.
O princípio de Friedman é um ponto de partida, mas na ausência das condições originais, exige-se uma análise mais profunda. O impacto ambiental do crescimento econômico não internalizado pelas empresas é uma destas condições faltantes. Questiona-se a ideia que o acionista poderia cuidar por conta própria dos seus objetivos ambientais e deixar as empresas cuidarem dos retornos financeiros.
O acionista tem demandado que as empresas cuidem de ambos, maximizem o “bem-estar” do acionista, o que inclui o retorno financeiro, mas também outros objetivos como os ambientais, sociais e de governança.
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