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Com a reunião de relatos de 30 gestores públicos, o livro “A Arte da política econômica” vai ser lançado nesta segunda-feira, numa noite de autógrafos na Livraria Travessa, no Shopping Leblon, com a presença de boa parte dos autores dos artigos.
Editado pelo pesquisador José Augusto C. Fernandes, com base no podcast de mesmo nome do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, o livro traz entrevistas de nomes como Persio Arida, Gustavo Franco, Mailson da Nóbrega, Arminio Fraga, Maria Silvia Bastos Marques, Marcos Lisboa, Ilan Goldfajn e Ana Paula Vescovi.
O livro editado pelo selo História Real da Intrínseca traz análises desde o tempo da redemocratização e como a técnica sem a política não chega ao resultado desejado.
O economista Edmar Bacha, um dos idealizadores e atual diretor da Casa das Garças, diz, no prefácio, que “é preciso saber unir a técnica à política. Entender os meandros do poder e avaliar os limites do possível. Assumir liderança, mas principalmente negociar. Persuadir sem impor”.
Segundo Fernandes descreve na introdução do livro, “os entrevistados exploram, aqui, a relação entre economia e politica, o papel das restrições institucionais, as relações de poder e a importância da expertise”.
Nesse momento em que o governo negocia com o Congresso duas propostas de gestão do estado, o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária, a experiência dos gestores mostra que a persistência é fundamental para levar adiante as reformas, que “sofrem resistências, os custos aparecem antes dos benefícios e a evolução institucional nem sempre acontece em linha reta”, diz Fernandes na sua introdução.
O posfácio é do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, que alerta para o Brasil “envelhecer antes de superar a armadilha da renda média”, diante das mudanças demográficas. A experiência na gestão pública foi longa e decisiva. Negociou a dívida externa entre 1991 e 1993, foi presidente do Banco Central e ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso em seus dois mandatos.
“A esperança no Brasil de agora é de que possamos continuar avançando em termos de maior maturidade política-institucional e de elevação do nível do debate público, tornando-o mais informado e menos ideológico e mais voltado para busca das convergências possíveis”.
O livro tem prefácio de Edmar Bacha, apresentação de José Augusto Fernandes e posfácio de Pedro Malan. Veja abaixo os entrevistados:
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